Amigos, acabo de receber do Presidente da Stetsom uma carta que creio seria muito elucidativo a todos os membros do Projeto Tracksource, coloco adiante a integra da mensagem que recebÃÂ:
POSIÇÃO DA STETSOM
Prezados senhores,
Estamos acompanhando a discussão do grupo sobre a manutenção da GPL ou não em função da possibilidade do uso comercial dos mapas por parte de algumas empresas e acredito que a STETSOM e´ o principal foco desta discussão , em função do lançamento do nosso navegador GPS CarTrip 100 , que manipula mapas padrão Garmin e que para facilitar o uso para o usuário leigo , nós criamos variações com critério dos mapas do projeto Tracksource , no sentido de reunir as cidades e as rodovias em um único mapa a¢â‚¬â€œ estado. Assim criamos 26 mapas referentes àcada estado para facilitar a vida do usuário que não tem muita intimidade com computadores , o que não é o caso dos usuários do Projeto Tracksource.
Gostaria de dizer que o nosso projeto não é fruto de uma empresa aventureira qualquer . Ele é resultado de um ano de trabalho duro de uma empresa totalmente nacional com 18 anos de idade e com 189 funcionários.
Na verdade, a idéia de trazer um Navegador GPS para o Brasil nasceu na CES (Consumer Electronic Show) nos Estados Unidos em Janeiro de 2006 . Visitamos a feira e percebemos que o uso de navegadores seria uma tendência mundial. Quando chegamos ao Brasil deparamos com a falta de mapas georeferenciados. Deparamos com o Projeto Tracksource e com a DIGIBASE , que queria cobrar uma fortuna pelos mapas , na época. Observamos na licença , que acompanha a GPL do projeto, o seguinte texto:
a¢â‚¬Å“Este programa é distribuÃÂdo na expectativa de ser útil, mas SEM QUALQUER GARANTIA; sem mesmo a garantia implÃÂcita de COMERCIALIZAÇÃO ou de ADEQUAÇÃO A QUALQUER PROPÓSITO EM PARTICULAR. Consulte a licença Pública Geral GNU para obter mais detalhes.a¢â‚¬Â
Como estes mapas eram a única opção viável para uma empresa nacional entregar algo ao mercado brasileiro em termos de um Navegador Nacional , partimos por este caminho. Somos colaboradores do projeto para a cidade de Presidente Prudente, àqual Após um ano de construção do mapa sobre as regras do projeto, conseguimos terminar e foi enviada ao Urbano Medeiros / Claudio Vieira (Responsável pela cidade , porem sem tempo de terminar) para ser inserida no projeto. Os conhecimentos adquiridos na construção de Pres. Prudente com o Trackmaker , Mapedit e cgpsmapper foram repassados àum aluno de Engenharia Cartográfica da UNESP , que faz estágio em nossa empresa e que completou Aracaju , Martinopolis e está trabalhando em Cuiabá. Estamos dizendo tudo isto para que os colaboradores do Projeto não pensem que a STETSOM é uma empresa distante dos objetivos e regras do Projeto àponto de criar mapas distorcidos e piores do que os do Projeto. O mapa de Aracaju é um exemplo de problema , no qual a estrada da praia ao sul de Aracaju , quando posicionada sobre o mapa , fica sobre a água , pois o limite do continente está errado. Corrigimos isto com o Mapedit e inserimos na nova Versão que soltamos agora em fevereiro, para nossos usuarios. não seriamos loucos de deteriorar mapas e sugerir para serem usados em nossos produtos e esta foi uma das preocupações apontadas no grupo de discussão sobre alterar a GPL. nós estamos sim é melhorando aquilo que não está correto. Outra coisa , trocamos emails e telefonemas com o Odilon àpartir de março de 2006 e foi exposto a ele a ideia de fazer um Navegador GPS com mapas do Projeto, uma vez que a GPL não impedia isto e ele desaconselhou por achar anti a¢â‚¬â€œ ético , porém acho que até ele mesmo sucumbiu àabrangência do Projeto e disse ter usado parte dele , como ele próprio afirma em texto enviado a lista de discussão de 01/12/2006 (Conforme afirmou o Haigh).
Reconhecemos que é difÃÂcil ver alguém utilizando o fruto do seu árduo trabalho sem receber nada , em troca , aparentemente. Digo aparentemente , porque acho que a STETSOM pode se tornar uma fonte paralela de coleta de dados via seus clientes e fornecer dados para o projeto ( Alias já estamos fazendo isto , pois já fornecemos trechos de estradas do estado de São Paulo e Aracaju (.GTM) quase completa para os respectivos responsáveis .A GPL parece que só valia enquanto não aparecesse alguém usando os mapas comercialmente , como é permitido nela. Me parece mais ciúmes e egoÃÂsmo de se visualizar uma empresa utilizando o seu árduo trabalho do que preocupação com a deteriorizaçao do conteúdo dos mapas do projeto ou coisa parecida. Qual é a fonte real de problemas ? Uma vez que a STETSOM so’ esta’ colaborando com a ampliação do mapeamento georeferenciado no Brasil. Inclusive com o envio de material para alguns membros do grupo.
Alguns disseram que o problema está mais no fato da exploração comercial dos mapas não se adequar a proposta do Projeto , mas alguém consegue calcular o que a multinacional Garmin já faturou com a venda de GPS para serem utilizados com os mapas do Projeto ? A sensação é que esta decisão de alterar a GPL acaba protegendo a poderosa Garmin em detrimento da evolução da industria nacional , neste segmento. A STETSOM é nacional e detentora do desenvolvimento do software do Navegador , o que permite ela alterar o software , de acordo com as necessidades do mercado brasileiro, enfim daqueles que usam a base de mapas em formato Garmin . Se a STETSOM quiser ela pode alterar o software do navegador e solucionar problemas especÃÂficos do pessoal do Projeto Tracksource. Isto não é sensacional ? Se você sugerir àGARMIN uma modificação no programa de um produto deles , provavelmente não recebera’ nem resposta. Com uma empresa nacional a coisa já seria outra.
Toda a Navegação que esta’ chegando ao Brasil é baseada em mapas NAVTEQ ou TELE ATLAS , que São mapas fechados . A STETSOM é a única que partiu para uma solução mais Brasileira com uma proposta diferente , de trabalhar com mapas abertos . Vocês já pensaram no leque de opções que isto abre ? . O volume de informações que os usuários mais leigos (Clientes do navegador GPS da STETSOM) poderiam dar e que naturalmente seriam filtradas pela STETSOM antes de usá-las seria muito grande. A STETSOM possui equipe com experiência com o Trackmaker , MapEdit , Globalmapper , cgpsmapper e outros programas , o suficiente para filtrar erros nos dados fornecidos por seus clientes e que poderiam ser fornecidos àmembros do projeto, no sentido de acelerar o mapeamento nacional, como já foi dito.
Para finalizar gostarÃÂamos que esta discussão não provocasse uma divisão do grupo , como ocorreu na Argentina , segundo nos reportou o Odilon , na época de nossos primeiros contatos mas que apenas contribuÃÂsse para um grupo cada vez mais forte e agora suportado por uma empresa nacional que tem condições de alem de oferecer o equipamento, pode Também adequar o software às necessidades do Projeto Tracksource.
WILSON CALZA JUNIOR
Diretor de Desenvolvimento
Responsável pela área de GPS
wilson@stetsom.com.br