Substituição da Licença do Projeto TrackSource

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Devemos alterar a Licença do Projeto TrackSource?

Esta enquete foi concluída em 09 Mar 2007, 11:09

Deve ser mantida a atual licença GPL
23
17%
A atual licença deve ser alterada para a Creative Commons 2.5
110
83%
 
Total de votos: 133

Mensagem
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Ruy Lerac
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Substituição da licença do Projeto TrackSource

#1 Mensagem por Ruy Lerac »

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ATENÇÃO, PARA VOTAR, ESCOLHA UMA DAS DUAS Opções ACIMA. MENSAGENS COM VOTOS NÃO SERÃO REGISTRADAS.

Aos Desenvolvedores, Colaboradores e usuários dos mapas do Projeto TrackSource

Nosso projeto pôde chegar ao estágio atual graças, Também, a existência de regras constantes e bem definidas. Principalmente por tratar-se de um projeto "virtual" e colaborativo, sem qualquer envolvimento financeiro, procuramos sempre manter algumas de nossas regras como pétreas, permitindo que as mesmas servissem de alicerce seguro para as nossas atividades de confecção de mapas gratuitos para gps.

Uma das mais importantes destas regras pétreas é a que repele e repudia o uso comercial dos nossos mapas.

Nossa existência como projeto livre só é garantida enquanto não apoiarmos, nem sustentarmos, qualquer uso comercial dos mapas. há tempos estamos detectando iniciativas de utilização de nossos mapas como base para a obtenção de lucro. Somente deixando claro em nossa licença que isto é uma violação s bases do projeto, e estabelecendo claramente regras para que o nome do nosso projeto não possa ser vinculado a qualquer empreendimento comercial, estaremos livres para desenvolver nossos mapas da forma como sempre foi feito.


A atual licença do projeto, a GPL, que é apresentada quando da instalação dos mapas no MapSource, não mais está sendo adequada para impedir, ou pelo menos dificultar, que algumas empresas utilizem-se, com objetivos comerciais, dos nossos mapas.

Exclusivamente por tal motivo, está sendo aventada a possibilidade da alteração da licença de uso e distribuição dos mapas do nosso projeto.

Após várias análises, julgamos que a licença Creative Commons - Atribuição - Uso não comercial - não a Obras Derivadas - 2.5 - Brasil seria a mais adequada ou, pelo menos, a que proporcionaria um nível mais elevado de proteção contra o uso dos nossos mapas por terceiros com específico objetivo comercial. O texto completo desta licença está disponível para download no site do projeto http://www.tracksource.org.br/ftp/desen ... ns_2-5.pdf ou aqui.

Entretanto, apesar da equipe de coordenação do projeto já possuir posição consensuada favorável à alteração em questão, nenhuma medida será tomada neste sentido sem que haja manifestação majoritária favorável dos colegas envolvidos com o projeto, tanto dos desenvolvedores e colaboradores, como Também dos usuários dos mapas tracksource.

Para o registro desta manifestação será utilizada a ferramenta de enquete a ser criada no fórum do portalgps. Como estamos lidando com interesses comerciais e visando evitar que novos cadastrados, ligados às empresas comercialmente envolvidas, tentem distorcer o resultado da enquete, o cadastro de novos membros no fórum ficará bloqueado até o resultado final desta, ou seja, somente os atuais participantes do fórum poderão registrar sua opinião nesta enquete.

Esta enquete, que terá duração de 15 dias (de 22/02/07 a 08/03/07) constará basicamente de 2 alternativas, quais sejam:

( ) Deve ser mantida a atual licença GPL?
( ) A atual licença deve ser alterada para a Creative Commons 2.5?

Desta forma, convidamos todos os colegas, interessados nos assuntos relacionados ao projeto tracksource, a participar da referida enquete, manifestando e registrando sua opinião a respeito do objeto desta mensagem.

Atenciosamente,

coordenação Projeto TrackSource


[ ]'s Ruy Lerac

rsevero
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#2 Mensagem por rsevero »

Wallace escreveu:Ainda não esta disponivel o texto?
Acho que esta é a licença em questão (Versão resumida): http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/

Na página acima há Também um link para a íntegra da licença.

Eu não acompanhei a discussão sobre a troca de licença portanto peço desde já desculpas se esse assunto já foi tratado. A questão de impedir o uso comercial eu entendi, mas porque vocês estão propondo uma licença que impede a criação de obras derivadas?
Editado pela última vez por rsevero em 22 Fev 2007, 13:27, em um total de 2 vezes.



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Ruy Lerac
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#3 Mensagem por Ruy Lerac »

Basicamente para garantir a qualidade dos nossos mapas. Os mapas gerados a partir dos mapas do projeto podem conter dados incorretamente incluídos ou formatados, o que poderia comprometer, ao final, o nome do projeto. Nosso projeto é gratuito. Quem tiver dados para serem incluídos, basta enviar tais dados ao desenvolvedor.


[ ]'s Ruy Lerac

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paulocarvalho
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#4 Mensagem por paulocarvalho »

Tendo em vista uma votação consciente, devo lembrá-los de conceitos fundamentais,
pertinentes ao assunto da mudança de licença:

Software Livre:

Refere-se a quatro liberdades:

1) Liberdade de executar o software, com qualquer propósito. (TS = OK)

2) Liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo às suas necessidades.
O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para que isto aconteça. (TS não atende,
as pessoas não têm acesso aos arquivos GTM to projeto, somente aos binários .EXE
para instalação).

3) Liberdade para distribuir cópias do software para ajudar amigos, conhecidos,
parentes, etc. (TS = OK)

4) Liberdade para melhorar o software e distribuir as melhorias para o público de forma
que toda a comunidade possa se beneficiar. Mais uma vez o acesso ao código-fonte é
pré-requisito. (TS não atende, as pessoas não têm acesso aos arquivos GTM to projeto,
somente aos binários .EXE para instalação).

Assim, a rigor, o TS não pode ser considerado software livre, do jeito como é distribuído hoje.

Um mal-entendido comum que acontece é que software livre é sinônimo de software grátis.
Ledo engano, ser livre significa ter liberdades, no caso específico, pelo menos as 4 liberades
acima, o fato de ser grátis é uma quinta liberdade não exigida se um software que se julga livre.
Assim, não há o menor problema em incluir componentes de software livre em um pacote comercial.
Um grande exemplo disso é a distro RedHat Linux, que custa mais caro que o Windows Vista
e inclui o kernel Linux que é livre e distribuído gratuitamente.

Podem existir regras restritivas no que concerne a distribuição, desde que NÃO CONFLITEM
COM AS 4 LIBERDADES CENTRAIS. Exemplos de regras São a copyleft e a GPL. Assim, já de início
o TS nunca esteve em conformidade com a GPL.

Especificamente, no caso da GPL, resumidamente, para as alterações feitas pelo adiquirente do
software:

Regula (não restringe) as liberdades do software livre:

1) Requer aviso claro, em cada arquivo modificado, que o conteúdo original foi modificado.

2) Requer aviso que o software distribuído ou publicado deriva total ou parcialmente do original.

3) Informar ausência de garantias na tela de splash inicial (caso se aplique).

4) A licença GPL dever estar enunciada, significando que o software derivado obrigatoriamente
herda a GPL do software original.

No site http://www.gnu.org/licenses/license-lis ... reLicenses há links para diversas
licenças usadas em diversas obras de software livre, assim como licenças não-livres.

Por enquanto o TS é qualquer coisa, menos Software Livre, e, consqüentemente, não-GPL.

De fato o TS de hoje está encaixado na licença citada pelo Ruy e teremos que,
a partir da adoção oficial dessa licença, caso se confirme, não fazer qualquer menção a
"Software Livre" ou "Projeto Livre", pois, segundo a definição de software livre,
a licença proposta viola as liberdades 2 e 4.

Isso deve estar bem fixo na mente daqueles que desejarem continuar com a GPL.



Garmin Nüvi 255w
DM Rio de Janeiro Zona Oeste
DM Nova Friburgo-RJ
DM Casimiro de Abreu-RJ
programador sênior do Tracksource.

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nqnnospam
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#5 Mensagem por nqnnospam »

paulocarvalho escreveu:Tendo em vista uma votação consciente, devo lembrá-los de conceitos fundamentais,
pertinentes ao assunto da mudança de licença:

Software Livre:

Refere-se a quatro liberdades:

1) Liberdade de executar o software, com qualquer propósito. (TS = OK)

2) Liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo às suas necessidades.
O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para que isto aconteça. (TS não atende,
as pessoas não têm acesso aos arquivos GTM to projeto, somente aos binários .EXE
para instalação).

3) Liberdade para distribuir cópias do software para ajudar amigos, conhecidos,
parentes, etc. (TS = OK)

4) Liberdade para melhorar o software e distribuir as melhorias para o público de forma
que toda a comunidade possa se beneficiar. Mais uma vez o acesso ao código-fonte é
pré-requisito. (TS não atende, as pessoas não têm acesso aos arquivos GTM to projeto,
somente aos binários .EXE para instalação).

Assim, a rigor, o TS não pode ser considerado software livre, do jeito como é distribuído hoje.

Um mal-entendido comum que acontece é que software livre é sinônimo de software grátis.
Ledo engano, ser livre significa ter liberdades, no caso específico, pelo menos as 4 liberades
acima, o fato de ser grátis é uma quinta liberdade não exigida se um software que se julga livre.
Assim, não há o menor problema em incluir componentes de software livre em um pacote comercial.
Um grande exemplo disso é a distro RedHat Linux, que custa mais caro que o Windows Vista
e inclui o kernel Linux que é livre e distribuído gratuitamente.

Podem existir regras restritivas no que concerne a distribuição, desde que NÃO CONFLITEM
COM AS 4 LIBERDADES CENTRAIS. Exemplos de regras São a copyleft e a GPL. Assim, já de início
o TS nunca esteve em conformidade com a GPL.

Especificamente, no caso da GPL, resumidamente, para as alterações feitas pelo adiquirente do
software:

Regula (não restringe) as liberdades do software livre:

1) Requer aviso claro, em cada arquivo modificado, que o conteúdo original foi modificado.

2) Requer aviso que o software distribuído ou publicado deriva total ou parcialmente do original.

3) Informar ausência de garantias na tela de splash inicial (caso se aplique).

4) A licença GPL dever estar enunciada, significando que o software derivado obrigatoriamente
herda a GPL do software original.

No site http://www.gnu.org/licenses/license-lis ... reLicenses há links para diversas
licenças usadas em diversas obras de software livre, assim como licenças não-livres.

Por enquanto o TS é qualquer coisa, menos Software Livre, e, consqüentemente, não-GPL.

De fato o TS de hoje está encaixado na licença citada pelo Ruy e teremos que,
a partir da adoção oficial dessa licença, caso se confirme, não fazer qualquer menção a
"Software Livre" ou "Projeto Livre", pois, segundo a definição de software livre,
a licença proposta viola as liberdades 2 e 4.

Isso deve estar bem fixo na mente daqueles que desejarem continuar com a GPL.
Eu já havia comentado isso em outro tópico, mas vou repetir aqui por causa da enquete.

Na minha leiga opinião, a GPL não combina com o Projeto Tracksource. não há condições técnicas de se distribuir os arquivos .gtm/.gz. Ninguém é capaz de administrar modificações feitas ao código fonte de um mapa .gtm/.gz por mais de uma pessoa diferente. Pior ainda se abrirmos os "fontes" e tivermos dezenas, centenas ou milhares de pessoas fazendo isso. Inviável com as ferramentas que temos a disposição. Desconheço qualquer ferramenta SCM (source code management: administração de código fonte, controle de revisões, controle de versões, etc.) gratuita que sirva para mapas.

não podemos, com o intuito de adequar o Projeto à GPL, liberar os fontes e inviabilizar a administração do Projeto como um todo.

Outro ponto importante que não pode passar desapercebido, é que o mercado de GPS no Brasil está crescendo rapidamente. Precisamos fazer o que for possível para evitar que apareçam obras derivadas do Tracksource comercializadas. Com a mudança da licença, todos vão continuar a poder usar o Tracksource gratuitamente, mas quem quiser melhorá-lo vai ter que fazê-lo enviando as melhorias para o Projeto.
Editado pela última vez por nqnnospam em 22 Fev 2007, 18:35, em um total de 2 vezes.


[]'s Sérgio Barroso
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Chicão
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#6 Mensagem por Chicão »

Paulo,
Muito boas os seus esclarecimentos!

Gostaria entretanto de ressaltar um ponto fundamental:

O TS não é um software e sim uma "obra". Software São o Mapsource ou o Trackmaker, que os usuários utilizam para "ler" a nossa obra. Fazendo uma analogia, os mapas São como um e-book ou um documento qualquer que necessita do software Word para ser lido.

Exatamente por isso, uma licença de software livre, como a GPL, não é adequada para proteger os direitos autorais de uma obra como os mapas do TS.


Chicão
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lauria
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#7 Mensagem por lauria »

Meus caros,

Caso a mudança de licença ocorra e, como a maioria esmagadora está votando a favor disso, a mudança será bem provável, como ficará a utilização dos arquivos já disponibilizados pela licença atual? Sei que eles não serão mais atualizados por nós, mas alguém pode pegar daí em diante e ir melhorando, já com meio caminho andado. não acho que a licença possa retroagir para proteger os arquivos já existentes do Projeto.

[]s,


Carlos Lauria
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Ruy Lerac
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#8 Mensagem por Ruy Lerac »

É isso mesmo, Lauria. Se for feita a mudança será daqui para a frente.


[ ]'s Ruy Lerac

presunto
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#9 Mensagem por presunto »

Ruy Lerac escreveu:É isso mesmo, Lauria. Se for feita a mudança será daqui para a frente.
Rui,

mas os procedimentos para a atualização dos mapas continuará sendo feito da mesma forma?

não sou expert, mas concordo como toda e qualquer evolução se a mudança for para facilitar o uso...


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Alex Rodrigues
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#10 Mensagem por Alex Rodrigues »

Sim, para quem é usuário não haverá diferença. Continuará baixando as atualizações e instalando no computador como antes.



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Ruy Lerac
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#11 Mensagem por Ruy Lerac »

Presunto,

O objetivo é justamente dificultar o desvirtuamento de um projeto baseado no voluntariado e garantir que os nossos mapas possam continuar a ser distribuidos gratuitamente a todos os interessados.


[ ]'s Ruy Lerac

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lauria
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#12 Mensagem por lauria »

Meus caros,

Mais por curiosidade: e se alguém desrespeitar a licença, seja a atual ou a outra, o que pode ser feito? Entra-se na Justiça? Quem entra? Existe representante legal do Projeto? não é preciso algum tipo de registro?

[]s,


Carlos Lauria
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Ruy Lerac
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#13 Mensagem por Ruy Lerac »

Uma coisa de cada vez, Lauria. Uma coisa de cada vez. hehehe


[ ]'s Ruy Lerac

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nqnnospam
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#14 Mensagem por nqnnospam »

lauria escreveu:Meus caros,

Mais por curiosidade: e se alguém desrespeitar a licença, seja a atual ou a outra, o que pode ser feito? Entra-se na Justiça? Quem entra? Existe representante legal do Projeto? não é preciso algum tipo de registro?

[]s,
Lauria, esta é sem dúvida uma questão importante, mas para evitar misturar as coisas, eu pediria não dar prosseguimento a esta discussão neste tópico especificamente. Vamos focar a discussão por enquanto no assunto específico da enquete.

Muito obrigado.


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Bichi
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#15 Mensagem por Bichi »

Se mudar, que parece que vai pelas estatisticas, como ficam as versões antigas, poderiam ser usadas comercialmente?



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nqnnospam
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#16 Mensagem por nqnnospam »

Bichi escreveu:Se mudar, que parece que vai pelas estatisticas, como ficam as versões antigas, poderiam ser usadas comercialmente?
A GPL proíbe uso comercial.


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Haigh
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Localização: São Paulo SP

#17 Mensagem por Haigh »

Pensem GRANDE por favor!

Estou envolvido com o projeto Tracksource há apenas 3 meses e concluí a maior parte do desenvolvimento do meu primeiro município este mês. Envolvi-me com o projeto pois sou um apaixonado pelo poder colaborativo de iniciativas como esta e fiquei impressionado com até onde chegaram e o que conquistaram.

Neste período li muitos posts antigos das listas e do fórum (quase todos), acompanho e participo do fórum e das listas diariamente e tenho proposto uma série de discussões que acredito serem relevantes. Uma que propus/participei recentemente foi justamente sobre a questão da licença e restrições de uso no post sobre a Stetsom de 1 mês e meio atrás. Vejam em http://www.portalgps.com.br/forum/viewtopic.php?t=1194

Fico realmente triste que o grupo de coordenação do tracksource (que faz um trabalho excelente por sinal) tenha colocado no ar uma enquete com a finalidade de alterar algo tão essencial ao projeto como a licença de distribuição sem que tenha havido qualquer discussão real e de qualidade sobre o assunto.

Colocaram no ar um texto que propõe a enquete e claramente sugestiona o voto em um sentido, que explicitamente é o da preferência dos coordenadores e permitem apenas 15 dias para que todos se manifestem e votem. Este não é um processo democrático. não há democracia sem informação de qualidade. não se pode pedir que as pessoas votem sem que haja ampla e aberta discussão sobre o tema ANTES da votação. Pensem no dia que nosso governo propuser um plebiscito com este nível de viés. será o fim. É coisa de Hugo Chavez.

O texto diz:
Após várias análises, julgamos que a licença Creative Commons...
a equipe de coordenação do projeto já possuir posição consensuada favorável à alteração em questão
Cadê o resultado da análise? O que foi considerado? Quem fez? Quem discutiu? Este consenso foi estabelecido aonde? Às portas fechadas? Cadê a discussão dos membros da coordenação? Porque poucos emitem opinião sobre o assunto?
O único que vi discutir o tema foi o Sérgio.
O Ruy só postou o texto da enquete e assina como a¢â‚¬Å“coordenação do projeto”
não sei a opinião do Paulo, do Igor, do Chicão, do Ruy, do Alex e de tantos outros que contribuem com o projeto mas não São da coordenação. A opinião eu até sei, não sei os motivos, as análises os porquês.

Deixando as questões políticas de lado vamos à minha opinião e minha análise.

Antes de mais nada acho importante todos lerem o post da Stetsom http://www.portalgps.com.br/forum/viewtopic.php?t=1194 que acredito tenha originado tudo isso.

Também acho interessante lerem sobre a GPL e a Creative Commons e Free Software na Wikipedia.

Existem algumas questões jurídicas técnicas sobre direitos autorais dos criadores individuais de mapas, processo de Substituição de licenças e legitimidade da enquete, adequação da GPL aos mapas, software ou não software e códigos fonte abertos, que estão no post acima mas que prefiro não discutir neste momento. Vou me concentrar nos pontos fundamentais que motivam a mudança. Precisamos saber que objetivos queremos mesmo e depois pensamos em quais licenças atendem estes objetivos.

Licenças que garantem o livre acesso à informação e processos colaborativos de criação entraram em voga com o software livre, o Linux e a GPL. Elas se baseiam no livre acesso à informação, permitindo sua modificação e redistribuição, desde que não se imponham novas restrições à liberdade de distribuição da informação.

A Creative Commons - Atribuição - Uso não comercial - não a Obras Derivadas e a GPL tem algumas diferenças básicas fundamentais.

Na GPL:
- Qualquer um pode copiar, modificar e redistribuir os mapas desde que mencione a fonte (Projeto Tracksource), disponibilize gratuitamente os códigos fonte (arquivos GZ), e mantenha a nova distribuição na GPL sem qualquer restrição adicional.
- não há restrição ao uso comercial, mas os códigos fonte tem que estar disponíveis gratuitamente. Alguém pode criar e vender um dispositivo que use os mapas não vai fazer sentido vender os mapas em si.
- Qualquer um pode alterar os mapas mas se forem distribuir os mapas melhorados tem que disponibilizar os códigos fonte de graça. Alguém pode até começar um projeto paralelo mas as melhorias estarão disponíveis para todos, gratuitamente e sempre.

Na Creative Commons com as restrições propostas:
- Qualquer um pode usar, copiar e redistribuir os mapas
- Ninguém tem acesso aos códigos fonte (exceto os coordenadores)
- Ninguém pode criar um projeto paralelo com base nos mapas nem um outro software que use os mapas alterados (nem o Odilon que usa no GTM Free que todos usamos) ou uma Versão para Magellan ou para qualquer outro GPS que não seja associado ao projeto Tracksource.
- Ninguém pode fazer qualquer uso comercial dos mapas, nem distribuir junto com um equipamento vendido, nem colocar num site com anúncios pagos (como o nosso portal) nem fazer guias de turismo que usem nossos mapas, nem nada, nunca.

A pergunta real é se queremos todas estas restrições ou não.

Confesso que fiquei entusiasmadíssimo quando vi que a Stetsom estava lançando um equipamento comercialmente que usa nossos mapas. Alguém conseguiu construir um modelo de negócios que não fere nossos interesses e usa os dados do projeto. Quanto mais sucesso ele tiver, mais usuários teremos, e será sempre gratuito. Qual o problema? não seria fantástico se um dia a Garmin decidisse apoioar o projeto. Talvez até bancar umas ferramentas de desenvolvimento para ajudar na disseminação do uso de GPS e navegadores veiculares. Pela GPL pode e seria sempre gratuito, pela Creative Commons como está proposta nunca poderia ser feito.

Eu vejo um futuro no qual os dados dos nossos mapas estejam numa base publica, para uso em ferramentas GIS e não só em GPS Garmin. disponíveis para outros desenvolvedores criarem mecanismos para serem usados em outros aparelhos GPS e navegadores. disponíveis para empresas de roteamento de frotas cirarem softwares melhores. Rastreadores veiculares mais baratos com mapas free. Sei lá. Um monte de usos que nunca vamos conseguir atingir se mantivermos o monopólio daquilo que criamos para ser usado livremente.

A proposta dos coordenadores usa bandeiras fortes de repúdio ao uso comercial e garantia da qualidade e mantenabilidade do que é gerado para colocar restrições que impedem o livre fluxo de informações. não é necessário somente que hajam mais adeptos ao projeto tracksource. É necessário mais adeptos ao mapeamento vetorial em geral, para todos os usos que se possa fazer dele. A nova licença proposta impede que novos projetos e propostas sejam criados em volta do projeto. É pretensão demais achar que somos insuperáveis, onipotentes e onipresentes. Precisamos permitir que outros sejam melhores que nós mesmos. Basta garantir livre e gratuito acesso ao benefício gerado por eles. A GPL faz isso muito bem.

Quanto aos argumentos do texto:
Uma das mais importantes destas regras pétreas é a que repele e repudia o uso comercial dos nossos mapas.
Nunca vi menção de repúdio ao uso comercial em nenhum documento do projeto, nem no site, nem nos manuais, nem nas cartas à prefeitura.
Nossa existência como projeto livre só é garantida enquanto não apoiarmos, nem sustentarmos, qualquer uso comercial dos mapas.
Porque não podemos ser livres e ter relação simbiótica com empresas que se beneficiam dos mapas e geram mais usuários e visibilidade para o projeto?
Somente deixando claro em nossa licença que isto é uma violação s bases do projeto, e estabelecendo claramente regras para que o nome do nosso projeto não possa ser vinculado a qualquer empreendimento comercial, estaremos livres para desenvolver nossos mapas da forma como sempre foi feito.
Porque? A frase é forte e de efeito mas não tem fundamento. Seremos sempre livres para continuar nosso trabalho.
A atual licença do projeto, a GPL, que é apresentada quando da instalação dos mapas no MapSource, não mais está sendo adequada para impedir, ou pelo menos dificultar, que algumas empresas utilizem-se, com objetivos comerciais, dos nossos mapas. Exclusivamente por tal motivo, está sendo aventada a possibilidade da alteração da licença de uso e distribuição dos mapas do nosso projeto.
Toda a argumentação é relativa ao uso comercial dos mapas. A GPL já virtualmente impede a venda do mapa em si. Porque restringir outros usos comerciais? Porque todas as outras restrições adicionais. Com a bandeira do a¢â‚¬Å“exclusivamente pela não comercialização” estão matando o princípio livre do projeto.

você é livre para colaborar e você é livre para votar.

Pensem grande por favor e, se necessário for, explicitem seu desejo de mudar seu voto (o sistema não permite a troca de voto).

Caso haja real interesse em mudar a licença para a Creative Commons, sugiro fortemente a Versão Creative Commons - Atribuição a¢â‚¬â€œ Compartilhamento pela mesma licença que vai garantir um nível de restrição parecido ao da GPL sem bloquear coisas importantes como Obras Derivadas e Uso Comercial.

Se houvesse discussão de qualidade antes, não precisaríamos de discursos tão inflamados.


Assino, triste com tudo isso
Robert Bradfield Haigh


Robert Haigh

It´s a WIKI world..... collaborate!

mjmcosta
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Domínio Público

#18 Mensagem por mjmcosta »

Acabo de acrescentar o meu voto ao da minoria que é contrária a mudança da licença do Tracksource. Eis as razões:

1- Seja qual for a forma de licenciamento, o Tracksource não tem a possibilidade de exercer direitos sobre os mapas que produz e nem de contrair obrigações. Ou seja, o Tracksource não tem personalidade jurídica. Tampouco qualquer dos integrantes do Projeto tem legitimidade para exercer esses direitos individualmente.

2- No modo como o Grupo funciona atualmente, os colaboradores não estão a salvo de que uma eventual dissidência, individual ou em a¢â‚¬Å“petit comitéa¢â‚¬Â venha a se arrogar proprietária dos mapas e a pretender exercer direitos comerciais sobre os mesmos.

Nessa situação e tendo em vista que a intenção da maioria sempre foi a de manter o Projeto LIVRE e GRÁTIS, acho que a melhor forma de preservar esse espírito é conservar os mapas de uso público, geral e incondicionado.

A nova licença tem a intenção de preservar direitos econômicos de exclusividade sobre os mapas. Considerando-se que o Grupo Tracksource não tem a intenção de se constituir em pessoa jurídica, como já foi discutido na lista, estamos preocupados em assegurar direitos econômicos de exclusividade para uso de quem?

Melhor que o produto do nosso trabalho cooperativo permaneça de DOMÍNIO PÚBLICO!

Marcelo Costa



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nqnnospam
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#19 Mensagem por nqnnospam »

Haigh escreveu:Pensem GRANDE por favor!

...

Assino, triste com tudo isso
Robert Bradfield Haigh
Em primeiro lugar, eu assino a mensagem postada pelo Ruy, assim como assinam a mesma Alex, Paulo, Augusto, Chicão, Ígor, etc.

Sobre democracia, a discussão está aberta faz tempo, no tópico da Stetsom. Todos poderiam ter participado e emitido sua opinião.

Por fim, meus argumentos a favor da mudança da licença estão no tópico da Stetsom. não vou repetir tudo aqui detalhadamente novamente. Resumidamente:

1) A nova licença não restringe o uso não comercial dos mapas para quem quer que seja. Para as pessoas que usam os mapas no seu PC, GPS, PDA, Notebook, etc., não muda nada.

2) não temos condição TÉCNICAS de implementar a GPL no Projeto, nunca tivemos, e duvido que alguém possa bancar (dinheiro!) a curto prazo um sistema BD GIS que permita isso. não tem sentido manter uma licença cuja implementação levaria o Projeto ao fracasso.

3) O Tracksource é mais complexo que um programa de computador. A GPL adequa-se perfeitamente à programas de computador, mas não a algo complexo como o Tracksource. Todas as definições usadas na GPL tornam-se ambíguas por causa dessa natureza diferente do Tracksource.

4) Associar o Projeto à empresas seria interessante SE tivéssemos pessoa jurídica. Como não temos, essa associação torna-se extremamente perigosa.

Mais simples agora é adequar a licença à realidade do Projeto, para garantir o sobrevivência dele.


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nqnnospam
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Re: Domínio Público

#20 Mensagem por nqnnospam »

mjmcosta escreveu:
...

Melhor que o produto do nosso trabalho cooperativo permaneça de DOMÍNIO PÚBLICO!
Marcelo,

você que é desenvolvedor de vários mapas, sabe que não temos condições técnicas de administrar os mapas se os mesmos forem colocados em dominío público.

Como administrar uma mapa .gz/.gtm recebendo modificações de várias pessoas ao mesmo tempo? Se não temos condições de implementar isso, então porque colocar os mapas em domínio público? Para gerar confusão?

Com a nova licença, o Projeto continua gratuito.

Quem sabe um dia teremos condições de implementar um sistema que permita por os mapas em domínio público, sem inviabilizar o trabalho dos desenvolvedores.


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